Destinos e Nós

 É angustioso esperar por alguém que o destino já levou. Pensar, relembrar, e ainda querer. Querer com toda força de uma primeira vez; seja ela qual for. Porque não importa o tamanho do seu almejo, ele sempre será maior a partir do momento que você o quer, mesmo que com o tempo ele deixe de ser tão importante.
 Só que ''deixar de lado'', não se nomeia desistência. Nem tudo que fingimos ''esquecer'', refere-se a não queremos mais, porém simplesmente não temos nada a fazer quando o fazer já foi um todo, e deixarmos de lado é a única opção que resta-nos, e aguardar que a ventura se encarregue de trazer de volta, ou não, o que já se foi. Melhor dizendo, trazer algo novo, que por casualidade sempre trás.
Algumas pessoas preferem pensar assim, que Deus mandará alguém pra preencher o vazio que fica, enquanto outras se atormentam pedindo a Ele que tragá novamente o que levou. Mas será que Deus leva quem amamos? Não digo na questão da morte, mas em vida, amor entre duas pessoas. Será que não somos nos mesmos que por eventualidade dos nossos erros, ou melhor, defeitos, afastamos quem a gente ama? Pois é, creio que na maioria das vezes a culpa é somente nossa sim. Não digo que façamos isso propositalmente, mas acontece... porque nem sempre nossos respectivos pares estão preparados pra carregá-los com si nossas falhas, medos, traumas, e simplóriamente se separam da gente, esperando nosso devido amadurecimento, ou evidentemente o querer já não existe mais do mesmo. E com isso, só restam essas esperas; de Deus; de destinos; de amores; que sempre nos afligem.